É tempo de recolher as armas.
Não é uma desistência, muito menos uma deserção,
mas um
cavaleiro tem que saber o momento de parar.
Não morreu a honra, muito menos o amor. Não se trata disso.
Mas é necessário saber quando parar.
Foi uma campanha longa,
dura.
Muitas injustiças, nossas e alheias.
Muitos erros, nossos e alheios.
Quem esperava perfeição,
quem buscou nas falhas, grandes ou
pequenas, os motivos, certamente os encontrou.
Muitas feridas ainda estão abertas, muitas são cicatrizes.
Todos sabemos que nem todas as batalhas podem ser vencidas,
mas ainda assim o
pesar é grande quando a derrota chega.
O pesar não é pela derrota em si,
mas pela terrível sensação
de que não fizemos todo o possível,
de que não tivemos o necessário denodo,
o
necessário carinho,
a necessária confiança,
de que poderíamos ter feito mais,
ter lutado com mais afinco,
ter cerrado mais as fileiras,
ter protegido mais
aqueles que estavam do nosso lado.
Não é uma lamentação. Não é mais tempo de arrependimentos.
É
tempo de recolher as armas.
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