domingo, 11 de março de 2012

CRÔNICAS FACEBOOKIANAS SOL – por Roberto Pompeo – 11/03/2012 – Curitiba


Há momentos da nossa vida em que vemos tudo aquilo em que acreditamos se desfazer como fumaça diante dos nossos olhos. Tudo aquilo que construímos ruir como um sólido castelo erigido sobre nuvens. Tudo aquilo em que até então acreditamos se tornar irreconhecível para nós mesmos. É como não reconhecer o reflexo que nos mira de dentro do espelho. É como olhar todas as pessoas ao nosso redor com estranheza, como se de repente tivéssemos sido subitamente transportados para algum planeta distante, onde na verdade o estranho somos nós.
Nesses momentos, podemos não enxergar mais o futuro, podemos não vislumbrar mais nenhuma saída. Até mesmo aquelas poucas pessoas com quem pensamos poder contar, nesse momento mais difícil, vão preferir virar as costas, vão preferir fechar os olhos e se poupar. E então, não acreditaremos em mais nada, nem sequer que o sol vai nascer novamente na manhã seguinte, não acreditaremos na manhã seguinte.
Aí é que vem o mais importante. Resistir mais um minuto, mais dois, mais algumas horas. E ficaremos surpresos ao ver que o sol nasceu novamente! E não veio sozinho, veio acompanhado de um dia cheio de luz, cheio de cores, veio acompanhado de vida, veio acompanhado da certeza de que todas as coisas passam e que existe um futuro muito belo. Que existem pessoas com quem podemos, sim, contar. E que mesmo que não haja ninguém, podemos contar conosco mesmos. Que sempre haverá dia depois de uma noite, por mais obscura que essa noite seja.

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