Há gestos que são simples. Talvez o mais simples de todos seja o
sorriso que sai espontâneo dos lábios de uma criança. É a manifestação de um
sentimento de benevolência ou de simpatia. Na medida em crescemos, essa
manifestação singela ganha mais um aspecto que poderíamos chamar de
“artificial”, eis que ausente na criança, que é a ironia ou a malevolência. O
sorriso ganha outros contornos, como nos filmes, quando o vilão solta sua
gargalhada maligna.
Mas dizem, com razão, que sorrir é um remédio para a alma. E se
para muitos é um remédio que flui de maneira natural, para muitos outros
exige esforço, treino. Primeiro, é importante querer sorrir, por mais que isso custe, até por que logo perceberemos que nem custa tanto assim. E depois executar o sorriso, pelo menos uma vez por dia no início,
aumentando a dosagem semanalmente, até conseguir resgatar aquele sorriso da
infância como uma constante em nossos dias.
Agora, talvez o grande segredo da magia do sorriso seja
utilizá-lo quando é mais improvável, diante das provas da vida, diante da
maldade alheia, diante das situações que normalmente nos fariam chorar. Mas não
se trata aqui do sorriso irônico ou dissimulador, mas do sorriso verdadeiro,
que vem da alma e transparece no semblante. Quando conseguirmos sorrir dessa
maneira, talvez nesse momento, consigamos nos aproximar um pouco mais de nós
mesmos e assim nos aproximar um pouco mais de Deus!
Sorria! Você fará melhor o dia de alguém e o seu dia.
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